Xiaomi ultrapassa Apple e lidera mercado chinês de smartphones

O mercado de smartphones na China presenciou uma reviravolta no primeiro trimestre de 2025, com a gigante americana Apple perdendo terreno para rivais domésticas. Dados preliminares da International Data Corporation (IDC) revelam que a participação da Apple no lucrativo mercado chinês de telefonia móvel recuou para 13,7%, uma queda considerável em relação aos 15,6% registrados no mesmo período do ano anterior.

Essa retração empurrou a Maçã para a quinta colocação no ranking, após ter figurado no topo no último trimestre de 2024.

Queda nas vendas de iPhone na China

Apesar de ter conquistado a liderança no final do ano passado, a Apple tem enfrentado uma crescente pressão de marcas locais como Vivo e Huawei, que já haviam superado a empresa em vendas anuais.

No primeiro trimestre de 2025, as remessas de iPhones na China totalizaram 9,8 milhões de unidades, representando uma queda de 9% em comparação com o ano anterior, conforme aponta o relatório da IDC divulgado nesta quinta-feira (17).

Ainda assim, a empresa foi a única marca não chinesa a se manter entre as cinco maiores do mercado.

Apesar de ter conquistado a liderança no fim de 2024, a Apple tem enfrentado pressão de marcas locais. (Imagem: Urbanscape/Shutterstock)

Xiaomi lidera mercado local

Quem capitalizou essa mudança no panorama foi a gigante chinesa Xiaomi, cujos produtos abrangem desde smartphones e eletrodomésticos até veículos elétricos. A empresa superou a Apple e assumiu a liderança no primeiro trimestre, impulsionada por um aumento de quase 40% nas remessas em relação ao ano anterior.

A Huawei, outra potência chinesa que também atua nos mercados de smartphones e veículos elétricos, garantiu a segunda colocação no ranking da IDC, seguida pela OPPO, empresa de eletrônicos de consumo que ficou em terceiro lugar. As remessas dessas duas empresas chinesas atingiram 12,9 milhões e 11,2 milhões de unidades, respectivamente, durante o primeiro trimestre.

Logotipo da Xiaomi MI na tela do smartphone
Xiaomi superou a Apple e assumiu a liderança no primeiro trimestre. (Imagem: Only_NewPhoto / Shutterstock)

Segundo Will Wong, gerente sênior de pesquisa de dispositivos de clientes da IDC Ásia/Pacífico, o retorno da Xiaomi ao primeiro lugar após quase uma década pode ser atribuído aos subsídios governamentais. A contínua expansão de subsídios na China, visando estimular o consumo, tem se mostrado um fator determinante para o bom desempenho de marcas com preços mais acessíveis.

Em janeiro, as políticas governamentais ampliaram os subsídios ao consumidor para incluir smartphones, tablets e smartwatches, com um limite de preço de 6.000 yuans (aproximadamente US$ 821,92). Analistas do Citi acreditam que esses subsídios podem incentivar uma parcela dos consumidores chineses a substituir seus aparelhos por modelos com preços inferiores a 3.000 yuans, um segmento que representa 75% da base de usuários de smartphones do país.

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Olhando para o futuro, Arthur Guo, analista sênior de pesquisa da IDC China, alerta para possíveis desafios, uma vez que “as tensões comerciais entre os EUA e a China podem levar a aumentos de custos e orçamentos mais apertados para os consumidores”, o que poderia impactar negativamente a demanda nos próximos trimestres.

Com informações do Wall Street Journal.

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